Considerado infiel pelo PMDB, Jarbas classifica punição como "esdrúxula"

Antônio Assis
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Blog da Folha

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) reagiu com críticas ao comando do PMDB ao ficar sabendo que seria um dos seis parlamentares punidos por terem votado a favor do prosseguimento contra o presidente Michel Temer, em votação ocorrida há pouco mais de uma semana.

O presidente nacional do partido, senador Romero Jucá (RR) anunciou que ficarão suspensos, por 60 dias, de suas funções partidárias. Neste período, o Conselho de Ética do PMDB irá analisar as punições que serão aplicadas aos infiéis. Ao final do processo, o deputado poderá sofrer desde uma advertência, até a expulsão do partido.

"No meu entendimento essa punição oficializada hoje (nesta quinta-feira – 10) pelo partido é algo esdrúxulo e completamente sem sentido. Só reforça minha avaliação de como é fraca e despreparada a direção nacional do PMDB hoje”, afirmou Jarbas Vasconcelos, por meio de nota.

O deputado pernambucano lembrou da sua trajetória no partido, o qual esteve filiado desde a sua fundação.

“Fui um dos fundadores do MDB, que posteriormente deu origem ao PMDB, e ao longo de toda a minha trajetória dentro do partido nunca vi algo parecido. O respeito às ideias e posicionamentos é algo fundamental, e o caminho pelo qual está seguindo hoje o PMDB nacional ignora completamente essa condição, que é primordial para todos que exercem a política e principalmente para quem está à frente de qualquer partido numa democracia", finalizou o parlamentar pernambucano.

Além de Jarbas, serão suspensos Celso Pansera (RJ), Laura Carneiro (RJ), Sergio Zveiter (PMDB-RJ), Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Vitor Valim (PMDB-CE). Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) não será punido por se abster na votação.

Nos próximos 60 dias, esses deputados não poderão atuar em atividades da Executiva ou de diretórios do partido nos estados.

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