Em nova polêmica, "Aquarius" recebe classificação indicativa de 18 anos

Antônio Assis
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Folhapress

O Ministério da Justiça determinou a classificação indicativa de 18 anos para "Aquarius", filme dirigido por Kleber Mendonça Filho, sob a alegação de conter cenas relacionadas a "drogas" e a "sexo explícito". O comunicado foi publicado no "Diário Oficial" desta segunda-feira (22), indeferindo um pedido de reconsideração da distribuidora Vitrine Filmes, que requisitava exibições para maiores de 16 anos.

A decisão surpreendeu parte da comunidade cinematográfica, após produções como "Boi Neon", de Gabriel Mascaro, e "Tatuagem", de Hilton Lacerda, ambos com teor sexual muito mais forte do que o de "Aquarius", terem estreado nos cinemas com uma classificação indicativa de 16 anos.

No Facebook, Mendonça Filho se manifestou sobre o assunto, dizendo em tom jocoso que "alguém no governo" estaria "fortalecendo o marketing" do filme. Em seguida, ele postou uma imagem do filme "Superbad", em que o personagem Fogell (ou McLovin) utiliza uma carta de motorista falsa.

O filme, que estreia em 1º de setembro, já foi alvo de outras polêmicas, a começar pelo protesto de parte de sua equipe, durante a participação em Cannes, onde foi aclamado. O elenco criticou o processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, o que consideram se tratar de um golpe.

Em outra ocasião, o longa retornou aos holofotes quando o Marcos Petrucelli, crítico notório do diretor de "Aquarius", foi escolhido pelo governo para a comissão que vai determinar que filme brasileiro tentará uma vaga no Oscar.

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